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AT - ESBOÇO DE GÊNESIS A JOSUÉ

O ANTIGO TESTAMENTO

ESBOÇO DE GÊNESIS A JOSUÉ

 

Gênesis

Autor: Tradicionalmente Moisés
Data: Cerca de 1440 a.C.

Autor
A tradição judaica lista Moisés como o autor do Gênesis e dos outros quatro livros que o seguem, juntos, estes livros são denominados de Pentateuco. Jesus disse: “Se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele” (Jo 5.46) O próprio Pentateuco descreve Moisés como alguém que escreveu extensivamente. Ver Ex 17.14; 24.4; Dt 31.24; At 7.22 nos conta que “Moisés foi instruído em toda ciência dos egípcios.” Nas notas que acompanham o texto nós observamos que Gênesis emprega um bom número de termos emprestados dos egípcio, sendo este um fato que sugere que o autor original tenha as suas origens no Egito, como era o caso de Moisés.

Data
A data tradicional do êxodo do Egito se encontra no meio do décimo quinto século a.C. 1Rs 6.1 afirma que Salomão começou a construir o templo “no ano quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito”. Entende-se que Salomão tenha iniciado a construção em cerca de 960 a.C., datando assim o êxodo em 1440 a.C. Desta forma Moisés redigiu o Êxodo depois de 1440 a.C., durante os quarenta anos no deserto.

Conteúdo
Gênesis inicia com a formação do sistema solar, os preparativos da terra para sua habitação, e a criação da vida sobre a terra. Todos os oito atos da criação foram executados em seis dias.

Os dez capítulos seguintes explicam as origens de muitas qualidades misteriosas da vida: a sexualidade humana, o matrimônio, o pecado, a doença, as dores do parto, a morte, a ira de Deus, a inimizade do ser humano contra o próprio ser humano e as dispersão das raças e línguas sobre toda a terra.
Iniciando no cap. 12, Gênesis relata o chamado de Abraão e a inauguração do concerto de Deus com ele, um concerto glorioso e eterno que foi renovado com Isaque e Jacó. Gênesis é impressionante pela forma característica da sua narrativa, realçada pelo relato inspirador de José e pela multiplicação do povo de Deus no Egito. Trata-se de uma lição na eleição divina, conforme encontrado por Paulo em Rm 9.
Gênesis antecipa o NT de muitas maneiras: o próprio Deus pessoal, a Trindade, a instituição do matrimônio, a seriedade do pecado, o julgamento divino e a justificação pela fé. A Árvore da Vida, perdida em Gênesis, é restaurada em Ap 22.
Gênesis conclui com a bênção de Jacó sobre Judá, de cuja tribo viria o Messias: “O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos” (49.10). Muitos séculos e muitas lutas seguir-se-ão antes que esta profecia encontre o seu cumprimento em Jesus.

Cristo Revelado
O Cristo preexistente, a Palavra viva, estava muito envolvido na criação. “Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez” (Jo 1.3). O ministério de Jesus está antecipado em Gn 3.15, sugerindo que a “semente” da mulher que ferirá a cabeça da serpente (satanás) é Jesus Cristo, a “posteridade” de Abraão mencionada por Paulo em Gl 3.16. Melquisedeque é o misterioso rei-sacerdote do cap. 14. Uma vez que Jesus é rei e também sumo sacerdote, a carta aos Hebreus faz, de forma apropriada, esta identificação (Hb 6.20).

A grande revelação de Cristo em Gn se encontra no estabelecimento do concerto de Deus com Abraão nos caps. 15 e 17. Deus fez promessas gloriosas a Abraão, e Jesus é o maior cumprimento destas promessas, uma verdade que é explicada de forma detalhada por Paulo em Gálatas. Boa parte da Bíblia está fundamentada sobre o concerto abraâmico e o seu desenvolvimento em Jesus Cristo.
A dramática história da prontidão de Abraão em sacrificar a Isaque segundo a ordem de Deus apresenta uma incrível semelhança com o evento crucial do NT. “Toma agora teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas... E oferece-o em holocausto” (22.2), lembra-nos da prontidão de Deus em sacrificar o seu único Filho pelos pecados de todo o mundo.
Por fim, a bênção de Jacó sobre Judá antecipa a vinda de “Siló”, a ser identificada como o Messias. “ E a Ele se congregarão os povos (49.10).

O Espírito Santo em Ação
“O Espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (1.2). Desta forma achamos o Espírito envolvido na criação. O Espírito Santo também operou em José, um fato que foi óbvio pra o Faraó: “Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus?” (41.38)

Embora o Espírito Santo não seja mencionada de outra forma em Gênesis, nós o vemos em ação ao atrair os animais dos quatro cantos da terra para dentro da arca de Noé. Nós também percebemos a sua operação através das vidas dos patriarcas: Ele protegeu os patriarcas e as suas famílias e os abençoou materialmente. Todo tipo de dificuldades e situações impossíveis cercaram a família escolhida, tentando frustrar, onde possível, o cumprimento das promessas de Deus a Abraão; porém o Espírito de Deus resolveu, de maneira sobrenatural cada um destes desafios.

Esboço de Gênesis

I. A história primitiva do ser humano 1.1– 11.32

As narrativas da criação 1.1-2.5

1. Criação dos céus, da terra, e da vida sobre a terra 1.1-2.3
2. Criação do ser humano 2.4-25
B) A queda do ser humano 3.1-24

O mundo anterior ao dilúvio 4.1-5.32
Noé e o dilúvio 6.1-9.29
A Tabela das nações 10.1-32
A confusão das línguas 11.1-9
Genealogia de Abraão 11.10-32

II. Os patriarcas escolhidos 12.1-50.26

Abrão (Abraão) 12.1-23.20

1) O chamado de Abraão 12.1-23.20
2) A batalha dos reis 14.1-24
3) O concerto de Deus com Abraão 15.1-21.34
4) O teste de Abraão 22.1-24

Isaque 24.1-26.35

1) A noiva de Isaque vem da Mesopotâmia 24.1-67
2) A morte de Abraão 25.1-11
3) Ismael, Esaú e Jacó 25.12-34
4) Deus confirma seu concerto com Isaque 26.1-35

Jacó 27.1-35,29

1) Jacó engana o seu pai 27.1-46
2) A fuga de Jacó para Harã 28.1-10
3) Deus confirma o concerto com Jacó 28.11-22
4) O casamento de Jacó em Harã 29.1– 30.43
5) O retorno de Jacó para Canaã 31.1-35.29

Esaú 36.1-43
José 37.1-50.26

1) A venda de José 37.1-40.23
2) A exaltação de José 41.1-57
3) José e os seus irmãos 42.1-45.28
4) Jacó muda para o Egito 46.1-48.22
5) A benção de Jacó e o seu sepultamento 49.1-50.21
6) Os últimos dias de José 50.22-26

 

Êxodo

Autor: Tradicionalmente Moisés
Data: Cerca de 1400 a.C.

Autor
Moisés, cujo nome significa “tirado das águas”, é a figura centra de Êxodo. Ele é o profeta hebreu que liderou os israelitas em sua saída do Egito. Êxodo é tradicionalmente atribuído a ele. Quatro passagens em Ex dão forte apoio à autoria mosaica de pelo menos boa parte do livro (17.14; 24.4,7; 34.27). Através de eventos variados e de encontros face a face com Deus, Moisés recebeu a revelação daquelas coisas que Deus desejava que ele soubesse. Assim, através do processo de inspiração do Espírito Santo, Moisés comunicou ao povo hebreu, tanto na forma oral como na escrita, esta informação que lhe foi revelada.

Data
A Tradição conservadora data a morte de Moisés em algum temo ao redor de 1400 aC. Desta forma, é provável que o Livro de Êxodo tenha sido compilado nos quarentas anos anteriores, durante a caminhada pelo Deserto.

Contexto Histórico
Êxodo é a continuação do relato do Gênesis, mostrando o desenvolvimento dum pequeno grupo familiar de setenta pessoas numa grande nação com milhões de pessoas. Os hebreus viveram no Egito por 430 anos, sendo que a maior parte do tempo em regime de escravidão. Êxodo registra o desenvolvimento de Moisés , a libertação de Israel do seu cativeiro, a sua caminhada do Egito até o monte Sinai para receber a lei de Deus e as instruções divinas a respeito da edificação do tabernáculo. O livro termina com a construção do tabernáculo como um lugar da habitação de Deus.

Conteúdo
O Livro de Êxodo pode ser dividido em três seções principais: a libertação miraculosa de Israel (1.1-13.6), a jornada miraculosa até o Sinai (13.17-18.27) e as revelações miraculosas junto ao Sinai (19.1-40.38)
A primeira seção (1.1-13.6) inicia com os hebreus sendo oprimidos no Egito (1.10-14). Como qualquer outro grupo sob pressão, os hebreus reclamavam. A sua reclamação chegou não somente diante dos seus opressores, mas chegou até o seu Deus (2.23-25). Deus ouviu o seu clamor e colocou em ação um plano ora libertá-los. Ele acompanhou esta libertação através da seleção dum profeta chamado Moisés (3.1-10)
A libertação não ocorreu de forma instantânea; porém constituiu-se num processo. Um período considerável de tempo e dez pragas foram utilizadas pra ganha a liberação dos hebreus das garras do Faraó. As pragas realizaram duas coisas importantes: primeiro, elas demonstraram a superioridade do Deus hebreu sobre os deuses egípcios e, segundo, elas trouxeram liberdade aos hebreus.
A Segunda seção narra a jornada milagrosa até o Sinai (13.17-18.27). Quatro grandes eventos ocorrem nesta seção. Primeiro, os hebreus testemunharam o poder miraculoso e libertador de Deus (13.17-15.21). Segundo, eles experimentaram, de forma direta, a capacidade que Deus tem de cuidar do seu povo (15.22-17.7). Terceiro, eles receberam proteção em vista dos seus inimigos, os amalequitas (17.8-16). Quatro, anciãos com a tarefa de supervisão foram estabelecidos a fim de manter a paz entre o povo (18.1-27). Estes quatros grandes eventos ensinam um conceito importante: a mão de Deus está presente na vida do seu povo especial. Tendo testemunhado a sua presença e conhecido a forma como Deus agiu em seu benefício, eles poderiam ajustar as suas vidas ao seu jeito de ser a fim de continuar recebendo as suas bênçãos.
A última seção enfoca as revelações miraculosas junto ao Sinai (19.1-40.38). A libertação divina da nação tem o objetivo especifico de edificar um povo pactual. Esta seção tem três componentes principais. Primeiro, são dados os Dez mandamentos e todas aquelas instruções que explicam em maiores detalhes como estes mandamentos devem transparecer na vida do povo em aliança com Deus (19.1-23.19) Os resultados duma vida fora desta estrutura pactual são demonstrados pelo incidente que envolveu o bezerro de ouro (32.1-35). Segundo, trata-se das instruções referentes à edificação dum tabernáculo e do seu mobiliário (25.1-31.18). Terceiro, trata-se da construção, de fato, do tabernáculo, do seu mobiliário, e da habitação da presença de Deus no edifício após o encerramento da obra (35.4-40.33).

Cristo Revelado
Moisés é um tipo de Cristo, pois ele liberta da escravidão. Arão funciona como um tipo de Jesus assim como o sumo sacerdote (28.1) faz intercessão junto ao altar do incenso (30.1). A Páscoa indica que Jesus é o Cordeiro de Deus que foi oferecido pela nossa redenção (12.1-22).
As passagens “EU SOU” no evangelho de João encontram a sua origem primeira no livro de Êxodo. João afirma que Jesus é o Pão da Vida; Moisés fala de duas maneira do pão de Deus: o maná (16.35) e os pães da proposição (25.30). João nos conta que Jesus é a luz do Mundo; no tabernáculo, o candelabro serve como fonte de luz permanente (25.31-40).

O Espírito Santo em Ação
No Livro de Êxodo, o óleo representa, de forma simbólica, o Espírito Santo. Por exemplo, o óleo da unção é um tipo do Espírito Santo, o qual é utilizado pra preparar tanto os fiéis como os sacerdotes para o culto divino (30.31).
O Fruto do Espírito Santo está listado em Gl 5.22,23. Uma listagem paralela também pode ser encontrada em Ex 34.6,7, que descreve os atributos de Deus como compassivo, clemente, longânimo, bom, fiel, e perdoador.
As referências mais diretas ao Espírito Santo podem ser encontradas em 31.3-11 e 35.30-36.1, quando cidadãos individuais são capacitados a tornarem-se exímios artífices. Através da obra capacitadora do Espírito Santo. As habilidades naturais destas pessoas foram enriquecidas e aumentadas a fim de que executassem as tarefas necessárias com excelência e precisão.

Esboço de Êxodo

I. A libertação miraculosa de Israel 1.1-13.16

A opressão dos israelitas no Egito 1.1-22
O nascimento e a primeira parte da vida de Moisés 2.1-4.31
O processo de libertação 5.1-11.10
O episódio do êxodo 12.1-13.16

II. A jornada miraculosa até o Sinai 13.17-18.27

A Libertação junto ao mar Vermelho 13.17-15.21
A provisão para o povo 15.22-17.7
A proteção contra os amalequitas 17.8-16
O estabelecimento dos anciões supervisores 18.1-27

III. As revelações miraculosas junto ao Sinai 19.1– 40.38

A chegada ao Sinai e a manifestação de Deus 19.1-25
Os dez mandamentos 20.1-21
O Livro da Aliança 20.22-23.19
A proteção do Anjo de Deus 23.20-33
Israel confirma o concerto 24.1-18
Orientação a respeito do tabernáculo 25.1-31.18
O bezerro de ouro 32.1-35
Arrependimento e renovação do concerto 33.1-35.3
A construção do tabernáculo 35.4-40.33
A glória do Senhor enche o tabernáculo 40.34-38

 

Levítico

Autor: Tradicionalmente Moisés
Data: Cerca de 1445 a.C.

Autor
O Livro de Levítico é o terceiro livro das Escrituras Hebraicas do AT atribuídos a Moisés. Em 1.1, o texto se refere à palavra do Senhor, que foi proferida a Moisés do tabernáculo da assembléia; isso forma a base de todo este livro das Escrituras. Os sacerdotes e levitas preservaram seu conteúdo.

Data
Os sábios datam o Livro de Levítico da época das atividades de Moisés (datando mais antigamente no séc. XV aC e a última alternativa no séc. XII aC) até a época de Esdras, durante o retorno (séc.VI aC). A aceitação da autoria mosaica para Levítico dataria sua escrita por volta de 1445 aC. O livro descreve o sistema de sacrifícios e louvor que precede a época de Esdras e relembra a instituição do sistema de sacrifícios. O livro contém pouca informação histórica que forneceria uma data exata.

Contexto Histórico
A teologia do Livro de Levítico liga a idéia de santidade à vida cotidiana. Ela vai além do assunto de sacrifício, embora o cerimonial do sacrifício e a obra dos sacerdotes sejam explicados com grande cuidado. O conceito de santidade afeta não somente o relacionamento que cada indivíduo tem com Deus, mas também o relacionamento de amor e respeito que cada pessoa deve ter com o seu próximo. O código de santidade permeia a obra porque cada indivíduo deve ser puro, pois Deus é puro e porque a pureza de cada indivíduo é a base da santidade de toda a comunidade do concerto. O ensinamento de Jesus Cristo—”Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas” (Mt 7.12)- reflete o texto de Lv 19.18, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

Conteúdo
Em hebraico, o Livro de Levítico recebeu o nome de Vayikra, que significa “E ele chamou”. O título hebraico é tirado da primeira palavra do livro, que era uma forma costumeira de dar nome às obras antigas. O título “Levítico “ é derivado da versão grega da obra e significa “assuntos pertencentes aos levitas”. O título é um pouco enganoso, uma vez que o livro lida com muito mais assuntos relacionados à pureza, santidade, todo o sacerdócio, a santidade de Deus e a santidade na vida cotidiana. A palavra “santo” aparece mais de oitenta vezes no livro.

Algumas vezes, o Livro de Levítico tem sido encarado como uma obra de difícil compreensão; entretanto, de acordo com a tradição primitiva, foi o primeiro livro a ser ensinado para as crianças na educação judaica. Ele lida com o caráter e a vontade de Deus especialmente em assuntos de santidade, que os sábios judeus consideravam de importância primária. Eles sentiram que, antes de proceder a outros texto bíblicos, as crianças deveriam, antes de mais nada, ser educadas sobre a santidade de Deus e a responsabilidade de cada indivíduo pra viver uma vida santa. A Santidade (hebr. Kedushah) é uma palavra-chave em Levítico, descrevendo a santidade da presença divina. A santidade está sendo separada do profano, e santo é oposto do comum ou secular.
Outro tema principal do Livro de Levítico é o sistema sacrificial. Os holocaustos (hebr.olah) referem-se ao único sacrifício que é totalmente consumido sobre o altar e, portanto, algumas vezes é chamado de oferta queimada. As ofertas de manjares (hebr. Minchah) são uma oferta de tributo feita a fim de garantir ou manter o favor divino, indicando que os frutos do trabalho de uma pessoa devem ser dedicados a Deus. Os sacrifícios de paz ou das graças (hebr.shelamim) são designados para fornecer expiação e permitem que a pessoa que faz a oferta como da carne do sacrifício. Isso costumava acontecer em ocasiões de alegria. O sacrifício pelos erros (hebr.chatta’t) é empregado para tirar a impureza do santuário. O sacrifício pelo sacrilégio (hebr. Asham), também conhecido como oferta pela culpa ou oferta de compensação, é preparado para a violação da santidade da propriedade de Deus ou de outras pessoas, normalmente pelo uso de um falso testemunho. Os erros profanaram a santidade de Deus e é exigida uma oferta.
Além dos sacrifícios, o calendário litúrgico tem uma posição significativa no Livro de Levítico. O Ano de Descanso refere-se à emancipação dos escravos israelitas e pessoa endividadas, bem como à redenção da terra (ver também Ex 21.2-6; 23.10,11; Dt 15.1-18). O Ano de Jubileu refere-se ao fato de que as terras de Israel, bem como o povo, pertencem a Deus e não a qualquer indivíduo. As terras, portanto, devem ter um descanso depois de cada período de quarenta e nove anos (Lv 25.8-17), o que ensina o domínio de Deus, a santidade de seu caráter e a necessidade de a congregação se aproximar dele com pureza de coração e mente.

Cristo Revelado
Cristo não é especificamente mencionado em Levítico. Entretanto, o sistema de sacrifícios e o sumo sacerdote no Livro de Levítico são tipos que retratam a obra de Cristo. O Livro de Hebreus descreve Cristo como o sumo sacerdote e usa o texto de Levítico como base para ilustrar a sua obra. Alguns usaram formas extremas de alegoria do Livro de Levítico a fim de revelar Cristo, entretanto, esse método de interpretação bíblica deve ser cautelosamente usado a fim de garantir que o significado original histórico e cultural sejam preservados. O Livro de Levítico enfoca a vida e o louvor do antigo povo de Israel.

O Espírito Santo em Ação
Apesar de o termo “Espírito Santo” nunca ser mencionado no Livro, a presença de Deus é sentida em todo o livro. A santidade do caráter de Deus é constantemente mencionada na designação de santidade às ações e louvor do povo. Ele não é visto como nos cultos pagãos da época em que os ídolos eram venerados, mas está no meio das pessoas, à medida que elas o louvam. Elas devem ser santas como Ele é santo.

Esboço de Levítico

I. A descrição do sistema de sacrifícios 1.1-7.38

Os holocaustos 1.1-17
As ofertas de manjares 2.1-6
Os sacrifícios de paz ou das graças 3.1.17
A Expiação do pecado 4.1-5.13
O sacrifício pelo sacrilégio 5.14-6.7
Outras instruções 6.8-7.38

II. O serviço dos sacerdotes no santuário 8.1-10.20

A ordenação de Arão e seus filhos 8.1-36
Os sacerdotes tomam posse 9.1-24
O pecado de Nadabe e Abiú 10.1-11
O pecado de Eleazar e Itamar 10.12-20

III. As leis das impurezas 11.1-16.34

Imundícias dos animais 11.1-47
Imundícias do parto 12.1-8
Imundícias da pele 13.1-14.57
Imundícias de emissão 15.1-33
Imundícias morais 16.1-34

IV. O código de Santidade 17.1-26.46

Matando por alimento 17.1-16
Sobre ser sagrado 18.1-20.27
Leis para sacerdotes e sacrifícios 21.1– 22.33
Dias santos e festas religiosas 23.1-44
Leis para elementos sagrados de louvor 24.1-9
Punição para blasfêmia 24.10-23
Os Anos do Descanso e do Jubileu 25.1-55
Bênçãos por obediência e punição por desobediência 26.1-46

V. Ofertas para o santuário 27.1-34

Números

Autor: Tradicionalmente Moisés
Data: Cerca de 1400 a.C.

Autor
Tradicionalmente, a autoria é atribuída a Moisés, a personalidade central do livro. Nm 33.2 faz uma referência especifica a Moisés, registrando pontos sobre a viagem no deserto.

O título em português Números é tirado de seu título (arithmoi) na tradução grega do AT (a septuaginta), seguido pela Vulgata (numeri). No texto hebraico, o nome do livro é No Deserto , tirado da linha de abertura. “Falou mais o senhor a Moisés, no deserto do Sinai”.

Data
Assumindo a autoria mosaica, provavelmente o livro tenha sido escrito por volta de 1400 aC., pouco antes de sua morte. Os acontecimentos deste livro ocorrem durante cerca de 40 anos, começando logo após o Êxodo, em 1400 aC.

Conteúdo
A divisão dos livros de abertura do AT em cinco livros ou pergaminhos (chamado “o Pentateuco”, significa “Cinco pergaminhos”) não deve obscurecer o fato de que cada um dos cinco livros é uma continuação do precedente. Moisés, cujo nascimento é contato no Ex 2 e cuja morte é narrada em Dt 34, é a figura que une a história do Êxodo até Deuteronômio.

O Livro de Número continua o relato do período mosaico, que se inicia com o Êxodo. Começa com Israel ainda no Sinai. A entrada dos israelitas no deserto do Sinai é registrada em Ex 19.1. Israel deixa o Sinai em Nm 10.11.
Número tem duas divisões principais: 1) a seção contendo instruções enquanto ainda no Sinai (1.1-10.10); 2) a viagem no deserto que cobre o itinerário do Sinai até as planícies de Moabe através do Jordão da Terra Prometida (10.11-36-13). As instruções no Sinai lidam com a preparação para a viagem, e o resto do livro conta a viagem em si.
As instruções no Sinai (1.1-10.10) cobrem uma variedade de tópicos, mas aqueles que lidam com o preparo da viagem dominam. Os caps. 1-4 lidam com uma série de instruções para numerar (fazer o censo de) vários grupos, seguido de um relatório de concordância com o mandamento. Os caps. 5-6 lidam com a imundície ritual, a infidelidade marital, e os nazireus. No cap. 7, os líderes do povo trazem ofertas para o tabernáculo. O cap. 8 fala da consagração dos levitas. O cap.9 lida com a Páscoa e a nuvem e o fogo; o motivo do preparo é reconsiderado em 10.1-10, onde são dadas instruções para que sejam feitos sinais com as trombetas.
A seção de Nm que lida com a viagem (10.11-36.13) tem duas partes principais. Em primeiro lugar, 10.11-25.18 descreve a destruição de geração que vivenciou a libertação do Egito por meio do Senhor. Os pontos-chave nesta parte são os relatos das queixas, rebeliões e desobediência da primeira geração, que levou à morte deles.
A segunda subseção (26-36) narra a preparação da segunda geração para a entrada na Terra Prometida. Começa com um novo censo (comparar com o cap. 1), observando que toda a primeira geração, exceto Josué, Calebe e Moisés, morreu no deserto. Essa seção termina com a distribuição da terra entre as tribos depois de elas terem entrado na Terra Prometida.

Cristo Revelado
Jesus Cristo é retratado em Nm como aquele que provém. O Apóstolo Paulo escreve sobre Cristo que ele era a pedra espiritual que seguiu os israelitas pelo deserto e deu-lhes a bebida espiritual (1Co 10.4). A pedra que deu água aparece duas vezes na história do deserto (cap 20; Ex 17). Paulo enfatiza a provisão de Cristo às necessidades de seu povo, a quem libertou do cativeiro.

A figura messiânica do rei de Israel é profetizada por Balaão em 24.17, “Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, e um cetro subirá de Israel”. A tradição judaica interpretava este verso messianicamente, conforme atestado pelos textos de Qumran. Jesus Cristo é o Messias, de acordo com o testemunho uniforme do NT, e o verdadeiro rei sobre quem Balaão fala.

O Espírito Santo em Ação
Fala-se diretamente sobre o E. Santo no cap. 11. Lá o Espírito é retratado como realizando duas funções: ungido para a liderança e inspirando a profecia. No v. 16, Moisés está pedindo ajuda ao Senhor em seus deveres de liderança. A resposta é que o Senhor tomará o Espírito que está sobre Moisés (identificado no v. 29 como o Espírito do Senhor) e o passará para seus líderes. Mesmo um líder como Moisés era incapaz de fazer tudo e precisava de uma liderança doada pelo Espírito para a realização de sua tarefa.

Quando o Espírito é dado aos anciãos, ele causa a profecia (v. 25). Somente o setenta anciãos nomeados profetizam. Quando Josué se queixa que dois dos anciãos no acampamento também estão profetizando, Moisés expressa o desejo de que todo o povo de Deus também recebesse seu Espírito e profetizasse. Essa esperança de Moisés é retomada em Jl 2.28-32 e é definitivamente cumprida no Dia de Pentecostes (At 2.16-21), quando o Espírito foi derramado e tornou-se disponível a todos.

Esboço de Números

I. Instruções para a viagem do Sinai 1.1-10.10

Relato sobre a tomada do censo 1.1-4.9

1) Censo militar 1.1-2.34
2) Censo não militar: levitas 3.1-4.49

Instruções e relatos adicionais 5.1-10.10

1) Cinco instruções 5.1-6.27
2) Ofertas dos líderes 7.1-89
3) Levitas dedicados 8.1-26
4) Segunda Páscoa 9.1-14
5) Direção pela nuvem e fogo 9.15-23
6) As trombetas de prata 10.1-10

II. Relato da viagem do Sinai 10.11-36.13

Rebelião e punição da primeira geração 10.11-25.18

1)Relato da primeira marcha do Sinai 10.11-36
2) Queixas do povo 11.1-3
3) Ansiando por carne 11.4-35
4) Desafio para Moisés 12.1-16
5) Recusa a entrar na Terra Prometida 13.1-14.45
6) Instruções relacionadas às ofertas 15.1-41
7) Desafios à autoridade de Arão 16.1-18.32
8) Leis da purificação 19.1-22
9) A morte de Miriã e Arão 20.1-29
10) Do monte Hor às planícies do Moabe 21.1-35
11) Balaque e Balaão 22.1-25.18

Preparo da nova geração 26.1-36.13

1) Um novo censo 26.1-65
2) Instruções relacionadas à herança, ofertas e votos 27.1-30.16
3) Vingança sobre os midianitas 31.1-54
4) As tribos da Transjordânia 32.1-42
5) Itinerário do Egito até Moabe 33.1-49
6) Instruções para a ocupação de Canaã 33.50-36.13

 

Deuteronômio

Autor: Tradicionalmente Moisés
Data: Cerca de 1400 a.C.

Autor
Deuteronômio identifica o conteúdo do livro com Moisés: “Estas são as palavras que Moisés falou a todo o Israel” (1.1). “Moisés escreveu esta Lei, e a deu aos sacerdotes” (31.9) também pode ser indício de que tenha escrito todo o livro. O nome de Moisés aparece quase quarenta vezes, e o livro reflete claramente a personalidade de Moisés. O uso corrente da primeira pessoa do singular em todo o livro apóia ainda mais a autoria mosaica.

Tanto a tradição judaica quanto a samaritana são unânimes em identificar Moisés como o autor. Assim como Cristo, Pedro e Estevão também reconhecem Moisés como o autor do livro (mt 19.7,9; Mc 10.3,4; At 3.22; 7.37)
O último capítulo, que contém o relato da morte de Moisés, foi escrito, provavelmente, por seu amigo íntimo, Josué.

Data
Moisés e os israelitas iniciaram o Êxodo do Egito por volta de 1440 aC. Chegaram à planícies de Moabe, onde Deuteronômio provavelmente tenha sido escrito, em cerca de 1400 aC, na ocasião do discurso do conteúdo do livro ao povo, “no mês undécimo, no primeiro dia do mês”, no ano quadragésimo de sua peregrinação pelo deserto (1.3). Isso foi um pouco antes da morte de Moisés e do início da liderança de Josué em guiar os israelitas a Canaã. Portanto, Dt cobre um período inferior a dois meses, incluindo os trinta dias de lamento pela morte de Moisés

Contexto Histórico
Moisés tinha então 120 anos, e a Terra Prometida estava a sua frente. Ele tirou os israelitas da escravidão no Egito e os guiou pelo deserto para receber a lei de Deus no monte Sinai. Por causa da desobediência de Israel em se recusar a entrar na terra de Canaã, a Terra Prometida, os israelitas perambularam sem destino no deserto por trinta e oito anos. Agora se achavam acampados na fronteira oriental de Canaã, no vale defronte de Bete-Peor, na região montanhosa do Moabe, de vista para Jericó e a planície do Jordão. Quando os israelitas se preparavam para entrar na Terra Prometida, depararam-se com um momento crucial em sua história - novos inimigos, novas tentações e nova liderança. Moisés reuniu o grupo para lembrá-los da fidelidade do Senhor e para encorajá-los a serem fiéis e obedientes ao seu Deus quando possuíssem a Terra Prometida.

Conteúdo
Dt é uma série de recomendações de Moisés aos israelitas enquanto ele se prepara para morrer e eles se aprontam para entrar na Terra Prometida. Embora Deus o tivesse proibido de entrar em Canaã, Moisés experimenta um forte sentimento de antecipação pelo povo. O que Deus havia prometido a Abraão, Isaque e Jacó séculos antes está prestes a se tornar realidade. Dt é proclamação de uma segunda chance para Israel. A falta de fé e a infidelidade de Israel tinham impedido a conquista de Canaã anteriormente. A maioria do povo junto de Moisés à entrada da Terra Prometida não tinha testemunhado as cenas no Sinai; eles eram nascido e criados no deserto. Sendo assim, Moisés os exorta trinta e cinco vezes para “entrar e possuir” a terra. Ele os recorda trinta e quatro vezes de que essa é a terra que Deus lhes está dando.

Enquanto essa nova geração de israelitas se prepara para entrar na Terra Prometida, Moisés lhes recorda com vivacidade a fidelidade de Deus por toda a história e os relembra de seu relacionamento singular de concerto com o Senhor. Moisés percebe que a maior tentação dos israelitas na nova terra será abandonar a Deus e cair na idolatria dos ídolos cananeus. Por conseguinte, Moisés está preocupado com a perpetuação do concerto. Para preparar a nação para vida na nova terra, Moisés expõe os mandamentos e os estatutos que Deus deu em seu concerto. A Obediência a Deus equivale a vida, bênção, saúde e prosperidade. A desobediência equivale a morte, maldição, doença e pobreza. O concerto mostrou aos filhos de Deus o caminho para viver em comunhão com ele e uns com os outros. A mensagem de Dt é tão poderosa que é citada mais de oitenta vezes no NT.

Cristo Revelado
Moisés foi o primeiro a profetiza a vinda do Messias, um Profeta como o próprio Moisés (18.15). Notadamente, Moisés é a única pessoa com quem Jesus se comparou: “Porque, se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim, porque de mim escreveu ele. Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” (jo 5.46,47). Jesus costumava citar Dt. Quando lhe perguntavam o nome do mandamento mais importante, ele respondia com Dt 6.5. Quando confrontado por satanás em sua tentação, ele citava exclusivamente Dt (8.3; 6.16; 6.13; 10.20). É muito significativo o fato de Cristo, que era perfeitamente obediente ao Pai, mesmo até a morte, ter usado este livro sobre a obediência para demonstrar a sua submissão à vontade do Pai.

O Espírito Santo em Ação
O tema unificador em toda a Bíblia é a atividade redentora de Deus. Dt recorda ao povo que o Espírito de Deus havia estado com eles desde o tempo da sua libertação do Egito até o momento presente e que ele continuaria a guiá-los e protegê-los se permanecessem obedientes às condições do concerto.

Em 2Pe 1.21 se descreve Moisés claramente: “homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. Como porta voz de Deus, Moisés demonstrou a presença do E. Santo enquanto profetizava para o povo. Várias de suas profecias mais significantes incluíam a vinda do Messias (18.15), a dispersão de Israel (30.1), o arrependimento (30.2) e a restauração (30.5) de Israel, a restauração e a conversão nacional e futura de Israel (30.5,6) e a prosperidade nacional de Israel (30.9)

Esboço de Deuteronômio

I. O primeiro discurso de Moisés 1.1-4.43

Introdução 1.1-5
O passado recordado 1.6-3.29
Um chamado à obediência 4.1-40
Cidades de refúgio nomeadas 4.41-43

II. O segundo discurso de Moisés 4.44-26.19

Exposição dos Dez Mandamentos 4.44– 11.32
Exposição das leis cerimoniais 12.1-16.17
Exposição da lei civil 16.18-18.22
Exposição das leis criminais 19.1-21.9
Exposição das leis sociais 21.10– 26.19

III. O terceiro discurso de Moisés 27.1– 30.20

Cerimônia de retificação 27.1-26
Sanções do concerto 28.1-68
O juramento do concerto 29.1-30.20

IV. As palavras finais e a morte de Moisés 31.1– 34.12

Perpetuação do concerto 31.1-29
O cântico do testemunho 31.30-32.47
A bênção de Moisés sobre Israel 32.48—33.29
A Morte e a sucessão de Moisés 34.1-12

 

Josué

Autor: Incerto (Josué)
Data: Cerca de 1400—1375 a.C.

Autor
O autor do Livro de Josué não pode ser determinado pelas Escrituras. O uso do pronome “nós” e “nos” (como em 5.6) sustenta a teoria de que o autor deve ter sido testemunha de alguns acontecimentos que ocorreram durante estes período. Js 24.26 sugere que o autor de pelo menos grandes seções foi o próprio Josué.

Outras passagens, entretanto, não poderiam ter sido escrita por Josué. Sua morte é registrada no capítulo final (24.29-32). Vários outros acontecimentos que ocorreram após a sua morte são mencionados: A conquista de Hebrom por Calebe (14.6-15); a vitória de Otniel (15.13-17); e a migração para Dã (19.47). Passagens paralelas em Jz 1.10-16 e Jz 18 confirmam que esses acontecimentos ocorreram ap´´os a morte de Josué.
É mais provável que o livro tenha sido composto em sua forma final por um escriba ou editor posterior, mas foi baseado em documentos escritos por Josué.

Data
O Livro de Js cobre cerca de vinte anos da história de Israel sob a liderança de Josué, assistente e sucessor de Moisés.

A data comumente aceita da morte de Josué é por volta de 1375 aC. Portanto, o livro engloba a história de Israel entre 1400 aC e 1375 Ac e é provável que tenha sido compilado pouco tempo depois.

Contexto Histórico
O livro começa nas vésperas da entrada de Israel em Canaã. Politicamente, Canaã se dividia em várias cidades-estados, cada uma com seu governo autocrático e todas hostis umas com as outras. Moralmente, as pessoas eram depravadas; a anarquia e a brutalidade eram comuns. A religião Cananéia enfatizava a fertilidade e o sexo, adoração da serpente e o sacrifício de crianças. O cenário estava estabelecido e a terra propícia para a conquista.

Em contrapartida, o povo de Israel estava sem pátria havia mais de quatrocentos anos (Gn 15.13). Eles tinham vivido em servidão aos Faraós egípcios e depois ficaram perambulando sem rumo no deserto por mais de quarenta anos. Entretanto, embora imperfeitamente, continuavam fiéis ao único e verdadeiro Deus e se apegavam à promessa que ele tinha feito ao antepassado deles, Abraão. Séculos antes, Deus havia prometido transformar Abraão e seus descendentes em uma grande nação e dar-lhes Canaã como pátria sob a condição de que eles continuassem fiéis e obedientes a ele (Gn 17) . Agora, eles estavam prestes a vivenciar o cumprimento dessa promessa.

Conteúdo
O Livro de Josué é o sexto do AT e o primeiro de um grupo de livros chamado os Profetas Anteriores. Coletivamente, esses livros traçam o desenvolvimento do Reino de Deus na Terra Prometida até o cativeiro da Babilônia— Um período de cerca de novecentos anos. Josué narra o período da entrada de Israel em Canaã através da conquista, divisão e estabelecimento da Terra Prometida.

Cristo Revelado
Cristo é revelado no Livro de Js de três maneiras; por revelação direta, por modelos e por aspectos iluminantes de sua natureza.

Em 5.13-15, o Deus Triúno apareceu a Josué como o “príncipe do exercito do SENHOR” . Através de sua aparição, Josué teve certeza de que o próprio Deus era o responsável. Era tarefa de Josué, bem como nossa , seguir os planos do príncipe, além de conhecer o príncipe.
Um modelo é um símbolo, uma lição objetiva. Pode-se encontrar tipos em uma pessoa, em um ritual religioso e mesmo em um acontecimento histórico. O próprio Josué era um modelo de Cristo. Se nome, que significa ”Jeová é Salvação”, é um equivalente hebraico do grego “Jesus”. Josué guiou os israelitas até a possessão de sua herança prometida, bem como cristo nos leva à possessão da vida eterna.
O cordão de fio de escarlata na janela de Raabe (2.18,21) ilustra a obra de redenção de Cristo na cruz. O Pano cor de sangue pendurado na janela salvou Raabe e sua família da morte. Assim, Cristo também derramou seu sangue e foi pendurado na cruz para nos salvar da morte.
Um dos aspectos da natureza de Cristo revelada em Josué é o da promessa cumprida. No final de sua vida, Josué testemunhou: “nem uma só promessa caiu de todas as boas palavras que falou de vós o SENHOR, vosso Deus” (23.14). Deus, em sua graça e fidelidade, sustentou e preservou seu povo tirando-os do deserto e levando-o à Terra Prometida. Ele fará o mesmo por nós através de Cristo, que é a Promessa.

O Espírito Santo em Ação
Uma tendência constante da obra do ES flui através do Livro de Js. Inicialmente, sua presença surge em 1.5, quando Deus conhecendo a esmagadora tarefa de comandar a nação de Israel, forneceu a Josué a promessa de seu Espírito sempre presente.

O trabalho do Espírito Santo era o mesmo antes de agora: ele atrai as pessoas a um relacionamento de salvação com Cristo e realiza os propósitos do Pai. Seu objetivo em Josué, bem como no AT, era a salvação de Israel, pois, foi através dessa nação que Deus escolheu salvar o mundo (Is 63.7-9)
Várias características sobre a maneira como o Espírito opera podem ser vistas em Josué. A obra do Espírito Santo é contínua: “Não te deixarei nem te desampararei” (1.5). O Espírito Santo está comprometido a realizar a tarefa, independentemente de quanto tempo demore. Sua presença contínua é necessária para o sucesso do plano de Deus na vida dos homens. A obra do Espírito Santo é mútua: “Tão somente sê forte e mui corajoso para teres cuidado de fazer segundo toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que sejas bem-sucedido por onde quer que andares” (1.7). Foi dito: “Sem ele, não podemos; sem nos ele não quer”. A cooperação com o Espírito Santo é essencial à vitória. Ele nos habilita a cumprir nosso chamado e a completar a tarefa ao nosso alcance. A obra do Espírito Santo é sobrenatural. A queda de Jericó foi obtida mediante a destruição milagrosa de seus muros (6.20). A vitória foi alcançada em Gibeão, quando o Espírito deteve o sol (10.12,13). Nenhuma obra de Deus, seja a libertação da servidão ou possessão da bênção, é realizada sem ajuda do Espírito.

Esboço de Josué

I. Preparação da herança 1.1-5.15

Mediante a escolha do líder do exército 1.1-18

1) Josué ouve o chamado 1.1-9
2) Josué dá o mandamento 1.10-15
3) Josué recebe estímulo 1.16-18

Mediante o preparo do exército para a batalha 2.1-5.15

1) Procurando a moral do inimigo 2.1-24
2) Posicionando o povo para a batalha 3.1-5.1
3) Fortalecendo as tropas para a guerra 5.2-12
4) Convencendo um líder a servir 5.13-15

II. Possuindo a herança 6.1-12.24

O território central 6.1-8.35

1) A obediência traz a conquista - Jericó 6.1-27
2) O pecado traz a derrota - Acã 7.1-26
3) O arrependimento traz a vitória - Ai 8.1-29
4) A lei traz a bênção - Monte Ebal e monte Gerizim 8.30-35

O território do Sul 9.1-10.43

1) O engano traz o cativeiro - Gibeonitas 9.1-27
2) Os milagres trazem a liberação - Amorreus 10.1-43

O território do Norte 11.1-15
Revisando os territórios conquistados 11.16—12.24

1) Os territórios 11.16-23
2) Os reis 12.1-24

III. Compartilhando a herança 13.1-22.34

Distribuindo a herança 13.1-21.45

1) Partes ainda não conquistadas 13.1-7
2) Partes para Ruben, Gade e Manassés 13.8-33
3) Dividindo as partes a oeste da Jordânia 14.1-5
4) Uma parte para Calebe 14.6-15
5) Uma parte para Judá 15.1-63
6) Uma parte para Efraim e Manassés 16.1-17.18
7) Partes para as tribos restantes 18.1-19.48
8) Uma parte para Josué 19.49-51
9) Cidades de refúgio e para os levitas 20.1-6.21.42
10) Epílogo 22.1-34

Discutindo o futuro 22.1-34

1) Uma benção para as tribos do Leste 22.1-9
2) Uma explicação para o altar 22.10-34

IV. O discurso final de Josué e sua morte 23.1—24.33

Josué aconselha os líderes 23.1-16
Josué desafia o povo 24.1-28
Josué morre 24.29-33